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Artigo

UM DISRUPTIVO MODELO DE DESENVOLVIMENTO PARA O AMAZONAS: O PROJETO SELVA

Manaus, 05 de junho de 2020 - Dia do Meio Ambiente
Atualizado em 10/08/2022


No Amazonas temos potencial para desenvolver, via economia verde, um mercado de escalabilidade global. Explico: ao passo que o Estado brasileiro fornece subsídios para o Polo Industrial de Manaus, esquece, no entanto, de adaptar sua política às oportunidades no ecossistema global de inovação. Resumindo, o Governo Central, através de subsídio, faz um dever de casa - muito raso, aliás, em face do seu dever constitucional de equilíbrio entre as regiões brasileiras, que continuam desequilibradas, ao não planejar o incremento no modelo pela via da nova matriz de oportunidade desenvolvimentista – e talvez única viável - que é a economia verde. Essa negligência no protagonismo resultará em que, muito em breve, o Brasil talvez já não seja capaz de resguardar sua soberania sobre a imensa hileia para a exploração racional do seu capital natural.

A verdadeira intenção na concessão de subsídios fiscais concedidos à região, cujo status geopolítico para o país é da maior relevância (vide os Aquíferos da Grande Amazônia), não foi, certamente, criar castas de poder político, econômico e social, mas desenvolver, pela conservação e valorização, o que já era tido como objeto de valor comercia desde há muito, como se provou na experiência pretérita da exploração das seringueiras (Hevea Brasiliensis), que catapultou a região ao desenvolvimento, mas justo por falta de planejamento e visão de longo prazo, acabou em perda do capital natural.

Ao alinharmos estratégias de produção do modelo de desenvolvimento atualmente consagrado pela política de incentivos fiscais aos instrumentos adaptados à nova economia verde, criaremos o mindset 4.0. nos atores locais e regionais, adaptando-os à exploração inteligente da gama de produtos oriundas da Bioeconomia.

Para que o protagonismo nacional aconteça na bioeconomia, em nível global, soluções locais e regionais alimentando o empreendedorismo criativo na Amazônia 4.0. são vitais. O professor Carlos Nobre[1] nos apresenta alguns vetores através da idealização de bases (hubs) de inovações-verdes estratégicas, criando-se, como no caso da startup que designei por ‘’SELVA’’- Sistema Eco Legal de Valores Amazônicos, um banco de ativos informacionais exportáveis através das soluções tecnológicas de comercialização em redes globais da bioeconomia.

Sintetizando o futuro do AMAZONIC BLOCKCHAIN ECOSYSTEM: tecnologia que permitirá que o sistema crie cadeias e valores digitais, novos atores e mercados regionais, e inovações-verdes comerciais, na região considerada ''greencore'' do planeta.

O meio ambiente produzirá de maneira sustentável quando fornecer e receber – justa e equitativamente – na exploração digital da biodiversidade, na valorização da Propriedade Intelectual e do Conhecimento Tradicional – novos mecanismos de apoio ao desenvolvimento humano aos povos da Amazônia, que fora da unidade das riquezas materiais, nos mostra toda a humanidade das riquezas naturais.

[1] Palestra ‘’Amazônia 4.0.’’, proferida por Carlos Nobre, em 14 de agosto de 2019. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Mq-9Dt_YtVI .



Publicado por

Rafael Veiga Paixão
Founder of Amazonic Blockchain Ecosystem © | Lean entrepreneur focused on a green, sustainable and well distributed environment for Amazonia.

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